Um beijo, um queijo... Deixe ir.

Imagem
Confesso que ainda me restava um pouco de sentimento e não sei por que, mas algo lá no fundo me fazia acreditar que um dia você iria voltar a falar comigo. Me agarrei a pequenas esperanças iludidas por um sentimento intacto. Se passaram 2 anos e tudo isso foi se desfazendo pouco a pouco. Depois de tanto tempo, eu finalmente vou soltar essas lembranças e deixar partir o que restou. Me abri para o novo, um lugar desconhecido da qual ainda tenho medo... Porém sei que me fará bem algum dia. Esse novo amor apareceu de repente, fiquei meio desconfiada, ele seria o abraço que eu tanto precisei e esperava? O abraço me consolou naquele dia frio e escuro e eu retribuí, por que senti algo diferente. Não sei o que será daqui para frente, não tenho expectativas e nem ansiedade, mas iremos com calma... Sei que já estamos nos tornando grandes amigos e isso é importante.  Se você gostou, eu não sei, mas segundo minha mãe, se não tivesse gostado, não teria me beijado tantas vezes.

Subindo a colina

"Isso não me machuca, você quer sentir como é? Você quer saber, saber que isso não me machuca? Você quer ouvir sobre o acordo que estou fazendo? E se ao menos eu pudesse, eu faria um acordo com Deus e o convenceria a trocar nossos lugares..."

A carta XVI

Hoje, senti como se eu tivesse subido uma colina no passado e por alguma razão, eu despenquei lá de cima. Fiquei deitada no chão por um bom tempo, tentando sentir meu corpo e ver se alguma coisa tinha quebrado. Nada quebrou. Nem um osso e nenhum órgão. Então percebi que meu coração estava doendo, mas não havia nada de errado com ele. Ele apenas doía por que com a queda, ele se deslocou. Não pertencia mais ao lugar na qual ele deveria estar.
Então levantei com essa dor e olhei para o céu azul, imaginando o por que de todas as coisas, tentando lembrar cada detalhe daquela subida, quem estava comigo, o que eu fiz de errado e procurando incansavelmente respostas que pudessem fazer aquela dor ir embora. Mas por mais que eu queimasse meus neurônios e esperasse por alguma coisa ou alguém, me dei conta de que ninguém iria vir, nenhuma resposta iria surgir. Então eu chorei. Chorei muito. Chorei sozinha pedindo a Deus para que me ajudasse, por que eu não estava aguentando.
E quando as lágrimas cessaram, eu dei meia volta e fui embora. No início eu andava curvada, por que aquela dor ainda inflamava. A estrada parecia longa e vez em quando eu parava para respirar e quando ninguém estava olhando, eu chorava. 
Indiferença, frieza, desprezo e falta de consideração foram as palavras que me guiaram até aqui. Foram essas ações que me fizeram aceitar que eu deveria continuar caminhando e ignorar a dor. Então eu permaneci na longa estrada e tem sido muito difícil subir novamente a colina. Só existe eu para me impulsionar e tantas outras para me puxar para baixo.
Tem dias que eu consigo subir mais um pouco, mas tem outros que gostaria de parar. E quando penso no que passou, eu seguro minhas lágrimas e deixo a tristeza com sede. Estou me libertando e soltando o que eu segurei por muito tempo.
O coração ainda dói, porém eu me acostumei com a dor. Em um momento na qual eu não espero, ele se habituará ao novo lugar em que está e tudo passará até não sobrar mais nenhum vestígio.



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Omepramix 7º dia

Eu não gosto de crianças

Vectoeletronistagmografia