Um beijo, um queijo... Deixe ir.

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Confesso que ainda me restava um pouco de sentimento e não sei por que, mas algo lá no fundo me fazia acreditar que um dia você iria voltar a falar comigo. Me agarrei a pequenas esperanças iludidas por um sentimento intacto. Se passaram 2 anos e tudo isso foi se desfazendo pouco a pouco. Depois de tanto tempo, eu finalmente vou soltar essas lembranças e deixar partir o que restou. Me abri para o novo, um lugar desconhecido da qual ainda tenho medo... Porém sei que me fará bem algum dia. Esse novo amor apareceu de repente, fiquei meio desconfiada, ele seria o abraço que eu tanto precisei e esperava? O abraço me consolou naquele dia frio e escuro e eu retribuí, por que senti algo diferente. Não sei o que será daqui para frente, não tenho expectativas e nem ansiedade, mas iremos com calma... Sei que já estamos nos tornando grandes amigos e isso é importante.  Se você gostou, eu não sei, mas segundo minha mãe, se não tivesse gostado, não teria me beijado tantas vezes.

A volta dos que não foram

Depois de um tempo (que foi curto e ao mesmo tempo longo) eu volto aqui para atualizar meu eu digital.

Cheguei em Brasília com uma carga emocional pesada e doente. Quase 15 dias de molho com uma tosse persistente e com muco verde. Saí doente e cheguei doente. Imunidade baixa, o corpo ainda está tentando reagir. Felizmente, passo bem, fui no médico e recebi o diagnóstico de bronquite... Pulmão seco, desidratação e sinusite. O clima daqui é terrível. Seco, seco e mais seco. Em breve adquirirei um umidificador.

Já faz 1 semana que cheguei e ainda não me adaptei e eu tenho medo de não conseguir, por que sinceramente, não quero voltar para Belém, não para morar, apenas para visita. 

Eu ainda estou me recuperando emocionalmente, mas não estou tão péssima quanto antes. Estou mais consciente e acho que estou vivendo o último estágio do luto. O amor ainda continua aqui, só que estou aprendendo a conviver com isso.

Eu escrevi algumas coisas durante esse tempo e aos poucos vou postando. Inclusive, o primeiro é esse poema que escrevi durante a minha viagem para cá. Em outra postagem, posto como foi...


Poema de janela

Você é um xará daquele que eu amo.
Seus olhos semicerrados me envergonham.
Mas são cobertos de ternura e calmaria.
Você me olha de cima e presta atenção em cada detalhe do meu rosto. Seu pescoço não dói?
Um oceano de sentimentos indecifráveis. 
Estou comendo e você continua me observando.
Desvio o olhar, 
O que está pensando, ao me encarar desse jeito?
Bochechudo e sorriso de estrela. Igual a ele.
Seu cabelo fica bem, curto. Mas as havaianas não combinam com sua bermuda.
As mãos são grandes, mas não tem o que eu chamo de sex appeal do tato. O outro tem.
Sua gentiliza me encanta. Proteção e afeição. 
Agora eu te observo comer.
É tão bonito e simples. Um sobrinho.
Zelo... Eu tenho, você tem, nós temos.
Então me despeço. Um caloroso abraço de boa sorte. Olho pela janela e o vejo indo embora. Você olha para trás e dá um sorriso. 
Nosso último adeus.


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