"Arvorada - Um novo dia para não morrer"
Próxima estação
Arvorada foi um livro do Chico Bento que me tocou profundamente. A leitura simples é tocante, por que a mensagem é uma reflexão sobre a vida e em como deixamos para depois, coisas singelas e que, no futuro, quando paramos para pensar nelas, é tarde demais.
Chico deveria ter ido com a avó Dita, vê a florada do Ipê amarelo. Mas ele estava ocupado demais e, no ano seguinte, quando ele queria vê, infelizmente teve que admirar aquela imensidão amarela, sozinho. Eu li este livro antes de viajar e infelizmente não pude trazer comigo.
Viajei de carro com meus pais para Brasília e não foi nada tão surreal pelo fato de que já conhecíamos o caminho. As cidades que iríamos passar, comer e dormir. Algumas coisas mudaram, outras continuavam a mesma coisa. É claro que oramos e pedimos proteção, pois mesmo uma viagem de 1 dia e meio, traz perigos. Com a graça dele, foi tudo bem. Teve apenas 1 momento em que quase levamos o farelo, mas eis que estou aqui para contar a história né kkkkkkkkkk
O que mais me chamou atenção foi a questão das paisagens, enquanto você viaja de carro, você pode perceber a mudança de vegetação. As árvores, o clima e as pessoas. Tudo se torna diferente aos poucos. Os sorrisos, as histórias, as risadas e os cheiros... Eu não posso me esquecer disso, por que essa experiência cultural é enriquecedora. Quando paro para lembrar de toda aquela estrada, me esqueço dos estresses e me concentro na parte feliz, por que elas sim, são as que mais prevaleceram.
Quando chegamos em Tocantins, começaram a aparecer os ipês amarelos. Como era lindo aquele vasto campo verde e amarelo. Os gados. Os cavalos. Enquanto eu observava, a história do Chico Bento veio na mente e me fez refletir sobre algumas coisas, inclusive meus traços tóxicos.
Assim como o carro do meu pai estava passando depressa por aquela paisagem, assim somos nós pela vida. Continuando a linha de raciocínio lá de cima, perdemos muito tempo com orgulho besta, perdemos muito tempo fazendo coisas supérfluas, que não conseguimos enxergar as coisas boas que estão debaixo do nosso nariz. Temos tanto medo do futuro, que não vemos o presente e quando o futuro finalmente chega, as vezes é tarde demais.
Um novo dia para não morrer é apenas uma nova alvorada para viver, as vezes, a tristeza se torna insuportável.
É, cheguei em Brasília bem... Bem mal kkkkkkkk
Caçadora de mim
Tenho feito meditação há algum tempo e isso me ajudou a reorganizar as ideias confusas dentro do meu coração. Pensar com clareza e principalmente aceitar o que se tem aqui dentro, por que ressignificar cada pedaço solto é trazer sentido ao lar que habita a minha alma e seguir em frente.
Passei os últimos 90 dias me culpando, chorando e me sentindo descartável. Era como se todos os meus pedaços quebrados se misturassem na água e por vezes, ficavam volúveis, difíceis de definir quem era quem e a qual lugar pertenciam. Então fiz um esforço imenso para pôr de volta tudo o que precisava voltar.
Quando me senti inteira de novo, pude perceber muitas falhas e agora eu sei como devo corrigi-las, não para os outros, mas para mim mesma. Também cheguei a conclusão de que eu realmente amo alguém, com suas qualidades e defeitos e embora eu pense que não lutei o suficiente, quando reflito sobre o que passou, noto que lutei sim, mesmo com todos os meus defeitos. Hoje eu pensei em mandar mensagem, sem motivo, sem culpa, só que desisti por que lembrei da promessa que fiz, de que te deixaria em paz. E assim eu o fiz...
Ainda vai doer muito, mas o tempo tem me ensinado a conviver com isso. Os meus sonhos são o meu conforto. Enquanto eu durmo, eu posso viver o que eu quiser. Mesmo que os dias passem e sejam tristes, eu sei que terei essas poucas horas de felicidade. Breves horas.
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