Um beijo, um queijo... Deixe ir.

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Confesso que ainda me restava um pouco de sentimento e não sei por que, mas algo lá no fundo me fazia acreditar que um dia você iria voltar a falar comigo. Me agarrei a pequenas esperanças iludidas por um sentimento intacto. Se passaram 2 anos e tudo isso foi se desfazendo pouco a pouco. Depois de tanto tempo, eu finalmente vou soltar essas lembranças e deixar partir o que restou. Me abri para o novo, um lugar desconhecido da qual ainda tenho medo... Porém sei que me fará bem algum dia. Esse novo amor apareceu de repente, fiquei meio desconfiada, ele seria o abraço que eu tanto precisei e esperava? O abraço me consolou naquele dia frio e escuro e eu retribuí, por que senti algo diferente. Não sei o que será daqui para frente, não tenho expectativas e nem ansiedade, mas iremos com calma... Sei que já estamos nos tornando grandes amigos e isso é importante.  Se você gostou, eu não sei, mas segundo minha mãe, se não tivesse gostado, não teria me beijado tantas vezes.

Uma tarde, o caderno do porquinho e uma música

Ninguém estava lá quando me jogaram no poço. Eu me senti a própria Samara nas águas gélidas de um início de verão solitário. Eu estive sozinha por tanto tempo, que nem notei os dias passando.

Sim, ninguém estava lá quando eu chorei, exceto Deus, não havia nenhuma mão, nenhum abraço, exceto a sua luz tão distante. As únicas pessoas que poderiam me ajudar, eu não podia expor elas a isso. Não, não tinha ninguém por mim. Percebi que eu tinha que sair sozinha dali e assim eu fiz.

Quando eu saí do poço e olhei para o céu, já era de tarde e o sol estava se pondo, mas a escuridão que tomava conta do céu era diferente da escuridão que eu via na minha prisão e a partir dali, decidi que nunca mais ia chorar e foi aí que eu lembrei de uma música que eu compus há muitos anos, a última lágrima. Foi para mim que eu escrevi. Talvez naquele dia eu não soubesse disso, mas hoje eu sei que a canção que eu escrevi, foi para mim mesma, aqui no futuro.

Polly Sousa - A última lágrima

Essa foi a última lágrima que restou
Eu a guardei para este momento
Quando eu finalmente derramá-la
Eu estarei livre, para ser alguém, 
alguém sem dor...
Quando o amor morreu, trouxe uma lição 
Respirar mais uma vez, dar trégua ao coração 
Voar, sonhar, tentar ser quem eu quiser
Encontrar uma direção...

Eu finalmente derramei minha última lágrima.

O caderno do porquinho

Há anos, 2009, meu irmão me deu um caderno do porquinho preto "Monokuro Boo" que é um personagem japonês muito conhecido por lá. 
Até então eu não conhecia, mas eu amei o caderno. Diferente do diário e do mundo caótico, no caderno do porquinho escrevo todas as minhas criações, músicas, cifras, histórias e poemas. As folhas dele acabaram, então escrevo minhas composições em outras folhas e grampeio nele.
Dizem que não podemos ser materialistas, mas eu faço isso por organização. Não quero passar a limpo uma história inteira que tem nesse caderno.
Se um dia eu achar outro Monokuro Boo, eu apenas continuo da onde eu parei.






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