Um beijo, um queijo... Deixe ir.

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Confesso que ainda me restava um pouco de sentimento e não sei por que, mas algo lá no fundo me fazia acreditar que um dia você iria voltar a falar comigo. Me agarrei a pequenas esperanças iludidas por um sentimento intacto. Se passaram 2 anos e tudo isso foi se desfazendo pouco a pouco. Depois de tanto tempo, eu finalmente vou soltar essas lembranças e deixar partir o que restou. Me abri para o novo, um lugar desconhecido da qual ainda tenho medo... Porém sei que me fará bem algum dia. Esse novo amor apareceu de repente, fiquei meio desconfiada, ele seria o abraço que eu tanto precisei e esperava? O abraço me consolou naquele dia frio e escuro e eu retribuí, por que senti algo diferente. Não sei o que será daqui para frente, não tenho expectativas e nem ansiedade, mas iremos com calma... Sei que já estamos nos tornando grandes amigos e isso é importante.  Se você gostou, eu não sei, mas segundo minha mãe, se não tivesse gostado, não teria me beijado tantas vezes.

Sozinha

Não me lembro quando comecei a me sentir meio estranha. Por vezes feliz, por vezes triste, como se alguma coisa faltasse dentro de mim, um vazio que nem eu sei onde está. 

Sempre me questionei se a vinda do meu primeiro sobrinho, em 2014, foi o divisor de águas para que as coisas desandassem. Eu nunca gostei de crianças e essa convivência forçada me quebrou um pouco. Os abusos da minha ex cunhada, a pressão da faculdade e eu no meio tentando me moldar a uma situação que eu não queria viver.

Mentalmente me desestabilizou.

Meu namoro da época, sempre teve seus altos e baixos e acredito que minha imaturidade cuminou para eventuais brigas. Tinham momentos que eu estava com a razão, por que eu deveria ser tratada de tal forma? Eu não merecia isso, porém tinham outros que eu precisava ponderar.

Todo mundo dizia que eu precisava ir no psicólogo e eu sempre me perguntei "porque" - Por que querem me mudar? Só por que eu não atendo as expectativas? Só por que eu tenho personalidade própria?

Por momentos eu pensei que o problema era eu, já que todo mundo me achava insuportável, até eu ir mesmo no psicólogo e descobrir que as pessoas eram intolerantes e tóxicas. Eu sou uma vítima...

Para dar a volta por cima e não me sentir um lixo, foi difícil. 

Avançamos para 2022 e foi quando eu cheguei na terra de Oz, sim, analogia do furacão em minha vida.

Eu tinha planejado tudo, eu ia me casar e me dedicar a empresa que eu tinha idealizado. Não me importava muito com o futuro, desde que eu estivesse junto da pessoa que eu amava e, mesmo que eu estivesse insegura ou com medo daquele momento, eu sabia que poderia passar e eu ficaria bem.

Não estava no meus planos ir embora, mas estava em meu destino. Em meus 32 anos de vida, decidir partir foi a escolha mais difícil. Não só deixar minha casa, minhas coisas, minhas plantas, meus amigos e todo uma história para trás, como encarar um desconhecido, sozinha. As vezes eu paro para pensar, quando tudo está silencioso e repito a mim mesma que foi tudo uma aprendizagem. 

Estou trabalhando e todo dia é um misto de medo e alegria.

Agora não tem mais ninguém, exceto eu. Eu sinto saudades dos meus pais e do meu cachorro... Do meu Tedinho.




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