Faz muito tempo que eu queria escrever algo sobre isso. Diferente de todos os outros sentimentos, o que desrespeito ao título desta pauta, tem uma data bem definida de início.
Tudo começou em 2015 ou o ano da discórdia ou o começo do ciclo. Tudo desandou quando minha ex cunhada veio morar com meu sobrinho aqui em casa, bem, ela veio em agosto de 2014, mas até meados de 2015, estava tudo bem. As coisas mudaram a partir do meio do ano. Muitas desavenças, estresses e acabou que virou uma bola de neve. Convenhamos, coisa ruim a gente não esquece.
Foi nesse ano que meus pais resolveram que queriam viajar todo santo final de ano e eu detesto sair da minha rotina, principalmente quando são lugares que eu não gosto de ir e com gente que eu não quero estar. Foi nesse ano também, que começaram os sintomas da doença celíaca (que eu só fui descobrir que era portadora, em 2018) e que eu descobri a falsidade familiar.
Cada ano teve seus momentos bons e ruins, só que para mim, quando vai chegando novembro e dezembro, já começa a bater uma tristeza, um desânimo, que não faz diferença aquela visão de magia que eu tinha. Perdeu o sentido total para mim. Não quero comemorar com gente que não gosta de mim, pessoas que não tem intimidade comigo e falam pelas costas. Não quero ter que viajar forçada ou passar sozinha, essas datas comemorativas como eu sempre faço, só pelo fato de que eu não querer viajar.
Não estou pedindo para não viajarem, não quero que "façam as minhas vontades" como eu sempre ouço, mas caramba, viajem para lugares legais. Não existe só praia nesse mundo, que saco!
De gente chata para gente falsa, eu prefiro ficar na falsidade da minha máscara de felicidade, sozinha.
O mundo mudou e as pessoas também. Hoje em dia, principalmente da família, ninguém mais é empático. Fingem que não te conhecem, acham que estão em um festival que precisam competir a todo momento. Fazem comparações e o mais inconveniente de tudo, fingem estar bem, quando a situação é tão superficial quanto os sorrisos amarelos.
Eu gostava muito do natal, mas sinceramente, tanto ele quanto o ano novo, deixaram de ter sentido para mim, simplesmente por que ninguém liga para você, verdadeiramente.
É muito esquisito ser sensitiva, não gosto de sentir ou ver, coisas que eu não quero saber.
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