Um beijo, um queijo... Deixe ir.

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Confesso que ainda me restava um pouco de sentimento e não sei por que, mas algo lá no fundo me fazia acreditar que um dia você iria voltar a falar comigo. Me agarrei a pequenas esperanças iludidas por um sentimento intacto. Se passaram 2 anos e tudo isso foi se desfazendo pouco a pouco. Depois de tanto tempo, eu finalmente vou soltar essas lembranças e deixar partir o que restou. Me abri para o novo, um lugar desconhecido da qual ainda tenho medo... Porém sei que me fará bem algum dia. Esse novo amor apareceu de repente, fiquei meio desconfiada, ele seria o abraço que eu tanto precisei e esperava? O abraço me consolou naquele dia frio e escuro e eu retribuí, por que senti algo diferente. Não sei o que será daqui para frente, não tenho expectativas e nem ansiedade, mas iremos com calma... Sei que já estamos nos tornando grandes amigos e isso é importante.  Se você gostou, eu não sei, mas segundo minha mãe, se não tivesse gostado, não teria me beijado tantas vezes.

Intestino ching ling

É muito ruim postar pelo celular... Agora, com o note de volta, ficou mais fácil.
Para quem me acompanha, sabe que eu sou um poço de desarranjo, principalmente intestinal e recentemente bolei uma teoria e cheguei a conclusão de que nasci com um intestino ching ling (para quem conhece essa expressão, vai entender). Por que ele trabalha todo dia, mas não faz as coisas direito, sempre tem uma coisinha, então, vim explicar para vocês o que eu tenho e por que ando tão enfezada (trocadilhos à parte).

Nasci com uma doença autoimune chamada Enteropatia mediada por glúten. Doença celíaca para os mais íntimos. Que nada mais é do que uma intolerância permanente a qualquer coisa que tenha glúten (trigo, centeio, malte, cevada e aveia contaminada). Essa é a única doença autoimune na qual se sabe a origem dos ataques, o vilão glúten. Quando ingerido, o corpo não reconhece essa proteína e quando ela chega no intestino delgado, manda as células de defesa (os anticorpos contra o glúten) atacarem. Essa guerra mundial acaba inflamando o intestino de forma crônica fazendo com que a mucosa se atrofie, ou seja, pare de funcionar corretamente, deixando de absorver os nutrientes importantes para as necessidades básicas do corpo.

Imagem:http://afisiologiaresumida.blogspot.com/2016/05/doenca-celiaca-e-intolerancia-lactose.html

*Legenda: Normal / Atrofiada

Como toda doença autoimune, existe uma predisposição genética para desenvolver a doença celíaca, então, alguém da sua família tem e passou para você.
De certa forma, a maioria dos pacientes apresentam desnutrição devido a má absorção intestinal, ainda assim, existem pessoas que possuem aumento de peso, então isso é muito relativo. Estou citando apenas a manifestação em adultos, por que eu descobri enquanto adulta. 
Apesar de ter isso comigo, ela estava latente, dormindo como um demoninho, quando finalmente em 2015, ela resolveu se manifestar e fazer da minha vida um inferno.
Nesse ano, eu vivi muita tensão e estresse, não sei se foi isso que acordou a dita cuja, porém os sintomas eram amenos e sem significâncias clínicas. Alterações no hábito intestinal, ora era mole, ora era duro e isso em questão de dias. Procurei médicos, me pediram exames de fezes e de sangue e nunca davam alteração, me encaminhavam para psicólogos (eu já tenho histórico de ansiedade e isso não me ajudava muito). Nessa época eu não sabia nada sobre intolerância alimentar, até que em meados de 2016, eu vi um vídeo sobre uma moça que havia descoberto intolerância a frutose e eu fui ler mais sobre intolerância alimentar, foi quando descobri sobre a doença celíaca. Eu confesso que não tinha os sintomas clássicos, mas só o fato de as alterações intestinais serem um dos sintomas, eu já fiquei em alerta. Fui procurar um médico de novo, dessa vez ele me passou uns exames de fezes específicos (pesquisa de gordura nas fezes, pesquisa de eosinófilos e cultura) e pediu uma colonoscopia. 
Eu não tinha sangramento, achei estranho ter que fazer esse exame, mas fui lá fazer, não deu muito certo por que a preparação dele, eu passei muito mal e acabei fazendo só os exames fecais, que aparentemente deram todos normais, exceto o de gordura nas fezes que deu um pouco mais que o normal e o médico disse que era normal, me diagnosticou com síndrome do intestino irritável.

Imagem: https://www.vix.com/pt/saude/544976/sindrome-do-intestino-irritavel-tem-4-subtipos-10-sinais-para-identificar-como-tratar

No ano de 2017 era a reta final da minha graduação e as coisas começaram a piorar para o meu lado, como a SII se manifestava pela ansiedade e estresse, eu atribui as minhas crises por causa da faculdade, até que no final de 2017 para o início de 2018 eu piorei muito e tinha crises e mais crises de diarréia e emagrecimento muito rápido. Eu fazia exames de sangue e tudo dava normal, eis uma coisa que quero colocar em ênfase aqui, a maioria dos celíacos são anêmicos e possuem algum problema hormonal junto, EU NÃO TIVE anemia e também não tenho nenhum problema hormonal junto, que foi o que dificultou meu diagnóstico, pois minhas taxas eram todas normais no hemograma. Até que em meados de março de 2018, me internaram e foi que Deus colocou uma gastro no meu caminho que me pediu três exames de sangue: Anti gliadina, anti endomísio e teste de tolerância a lactose. 
Um mês depois veio o resultado, todos eles deram positivos e com os exames reagentes, fizeram a endoscopia com biópsia em mim e foi diagnosticado a doença celíaca. No início, fiquei triste, por que eu já desconfiava do glúten, mas fiquei chocada ao descobrir que era intolerante a lactose também, que foi uma consequência. Depois disso, fiquei alguns meses de molho em casa, me recuperando e passando longe de tudo que me fazia mal, foi uma segunda chance de viver e hoje estou aqui para contar a história.
Depois de alguns meses, fui fazer exames de checagem de vitaminas, proteínas, glicose, gorduras, hormonal e esse é um dos pontos que quero ressaltar a você que está lendo, a doença celíaca pode afetar qualquer parte do intestino delgado ou ele todo. Comigo, de alguma forma, não estava afetando a minha absorção de ferro, mas isso não significava que meu corpo estava bem, pois a dosagem de vitamina E, D, K e A estavam muito abaixo do normal. Fora o cálcio que estava baixo, a glicose estava abaixo de 60, colesterol abaixo de 40 e o resto já devem imaginar né... Tive que repor tudo isso e hoje, quase 12 meses depois, eu tento seguir minha vida normalmente. Me recuperei, hoje já não tenho mais carências. A única que eu ainda tomo é a vitamina C para fortalecer a imunidade.
Compartilho minha experiência com vocês, por que as vezes sentimos sintomas estranhos e temos exames normais e os médicos costumam atribuir isso a alguma coisa psicológica. Claro que tem as exceções, só que nunca desistam de buscar uma segunda ou terceira opinião, por que a gente sente quando nosso corpo não está bem. Eu levei 3 anos para descobrir que tinha intolerância alimentar devido aos sintomas não serem os clássicos, mas ainda sim, eu tinha uns que eram próprios da doença celíaca. Se meu exame de gordura nas fezes tivesse sido levado a sério, talvez eu não precisa chegar no estado que eu fiquei para poder saber das coisas.
Claro que nem tudo se resume a isso, existe várias outras coisas e por isso é importante questionar e procurar fazer todos os exames.
Eu sempre tive problemas digestivos, desde nova já apresentava gastrite e refluxo (também tinha hábitos alimentares ruins), meu intestino era preso demais, mas funcionava. Nunca fui de ficar vários dias sem ir ao banheiro. Graças a Deus hoje estou melhor, é claro que nem sempre estamos 100% mas a vida segue e tentamos sempre ter cuidado.





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Beijos galáxicos!










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