Um beijo, um queijo... Deixe ir.

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Confesso que ainda me restava um pouco de sentimento e não sei por que, mas algo lá no fundo me fazia acreditar que um dia você iria voltar a falar comigo. Me agarrei a pequenas esperanças iludidas por um sentimento intacto. Se passaram 2 anos e tudo isso foi se desfazendo pouco a pouco. Depois de tanto tempo, eu finalmente vou soltar essas lembranças e deixar partir o que restou. Me abri para o novo, um lugar desconhecido da qual ainda tenho medo... Porém sei que me fará bem algum dia. Esse novo amor apareceu de repente, fiquei meio desconfiada, ele seria o abraço que eu tanto precisei e esperava? O abraço me consolou naquele dia frio e escuro e eu retribuí, por que senti algo diferente. Não sei o que será daqui para frente, não tenho expectativas e nem ansiedade, mas iremos com calma... Sei que já estamos nos tornando grandes amigos e isso é importante.  Se você gostou, eu não sei, mas segundo minha mãe, se não tivesse gostado, não teria me beijado tantas vezes.

Sobre o transtorno do pânico

Também conhecida como a "Síndrome do pânico" é uma doença psicológica que pertence a categoria de transtornos de ansiedade. Assim como a TAG (Transtorno de ansiedade generalizada), o TOC (Transtorno obsessivo compulsivo) e outros.
A palavra chave é ansiedade, mas o modo como ela se apresenta é o que difere o pânico das outras de mesma categoria, que são as crises súbitas de medo sem motivo aparente, que gera um conjunto de sintomas característicos da doença. 


Eu comecei a ter os primeiros sintomas em 2010 e naquela época eu não tinha nenhuma informação a respeito disso. Achava que doenças como depressão eram coisas de gente que não tinha o que fazer. Então as coisas que eu sentia, eu realmente acreditava que tinha um problema físico. Começou com um mal estar inesperado, eu achava que estava com alguma doença cardíaca. Aquelas dores no peito, sensação de falta de ar, queda de pressão e afins, resolvi procurar um médico e relatar. Cheguei a fazer o exame holter 24 horas e tudo estava absolutamente normal. Em 2011 eu tive a primeira crise e foi a pior sensação que eu poderia ter. Senti meu corpo inteiro suar frio, minhas unhas e lábios ficaram roxos, minha visão ficou turva e eu acabei passando muito mal. A princípio achei que fosse uma queda de pressão, mas depois disso as coisas começaram a piorar. Fiquei com tanto medo de ter isso de novo, que decidi não voltar mais para o lugar onde isso me aconteceu. As crises começaram a aparecer com frequência e quanto mais isso acontecia, mas eu evitava os lugares na qual aconteceram. Minhas idas a sala de emergência estavam virando rotina e os exames que eu fazia não davam alteração nenhuma, até que chegou o momento de encarar a realidade... Eu precisava de um psicologo. Foi aí que recebi o diagnóstico e a informação deixou as coisas bem claras para mim.No início foi difícil aceitar e ter que lidar com o preconceito das pessoas, mas agora eu estou mais ciente e compartilho sem vergonha para que todos possam se entender também. 
Resolvi escrever sobre isso por causa da notícia que o Pe. Fábio se descobriu recentemente com o transtorno. Vejo muita gente dizendo que doenças assim são a "morte da alma" e que quem têm isso é por que se afastaram de Deus. Eu respeito a crença dessas pessoas, elas acreditam no que querem acreditar, mas eu discordo. Em 2011 eu era uma pessoa muito apegada a igreja e devido as crises, eu me afastei por que tinha medo de estar em lugares com muita gente. Foi um momento muito difícil na minha vida, por que eu queria estar no lugar e não conseguia por que ficava com medo de passar mal.
Para mim, a alma é a mais vívida e o corpo é que não obedece. Não tem como saber quando você irá ter uma crise, elas aparecem do nada e te incapacita de todas as formas. A gente não sabe como reagir, a gente chora por que não consegue se controlar na hora que os sintomas aparecem. Apesar da nossa alma estar dizendo que aquilo não é real, o nosso corpo não obedece, ele continua com os sintomas. É como se fosse um ciclo vicioso. Você está nervoso, passa mal, daí fica mais nervoso ainda por que está passando mal e não sabe se é verdade ou se é realmente algo físico.
O mais complicado de enfrentar a doença, é ter que enfrentar as pessoas ao mesmo tempo, por que elas não entendem. Elas simplesmente não sentem.
Conviver com isso é cansativo e a luta é contínua. Então se você que está lendo isso, possui o pânico, não se sinta triste, eu consegui reviver e sei que você também conseguirá. Minhas sinceras orações ao Padre e que ele possa conseguir reviver também.

P.S: Fiquei em tratamento durante 5 anos e em breve terei que retornar novamente. No mais, eu estou bem, aprendendo a cada dia um melhor jeito de superar.

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Beijos galaxicos!


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