My heart will go on

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Voltei, por que escrever me faz bem.  Desde que você partiu, eu passei a ter medo de criar vínculos.  Nunca pensei que eu teria dificuldades em superar e sentiria tanto a sua falta. Isso só me faz perceber o quanto eu te amava muito e que sua ausência enfatiza minha solidão, por que não existe mais ninguém me esperando em casa. Eu encomendei um amigurumi com a sua cara para ver se eu me sinto melhor. Hoje fazem 2 meses, mas meu coração ainda dói.  Não há 1 dia em que eu não acorde e não pense em você. Não há ninguém aqui para me consolar e você se foi e agora, só existe em minhas memórias. 

Convivendo com o Pânico

Em um dia qualquer você teve uma dor no peito, achava que sua pressão estava nas alturas, estava tendo um ataque cardíaco, falta de ar, tontura, tremedeira, meu Deus, vou morrer? E isso se repete todo hora, todo dia ou toda semana, sem aviso prévio, você fica naquela ansiedade, na expectativa se vai ou não acontecer de novo e quando acontecer, ter certeza de que terá alguém de confiança ao seu lado para te ajudar ou melhor, para te levar para um hospital. Já que no hospital, é o lugar onde você, estranhamente, sente-se confortável.
Fica procurando sobre doenças na internet, vai em um monte de médico para saber por que está sentindo tal sintoma. E quando sente alguma coisa, já acha que é algo de grave e teme que não dê tempo de fazer os exames necessários para descobrir o que é e fica na agonia, aguardando o resultado. Fica se olhando no espelho para ver se está bem mesmo, fica colocando a mão no coração para ver se está batendo normalmente, fica nervoso só de pensar no resultado dos exames e fica perplexo que não deu nada. Não entra em lugares fechados e com muita gente, tem medo de ficar só em um lugar, só sai com alguém que você conhece. Tem medo de morrer na hora que está passando mal e teme mais ainda de passar vergonha por que está passando mal. Tem medo de desmaiar e perder o controle. Detesta tomar remédios desconhecidos, por que tem medo dos efeitos colaterais.
Um puco da convivência com o Transtorno de ansiedade, o pânico. É terrível, não é gracinha e muito menos ilusão. É real e muito concreto. Quem passa por isso, sabe muito bem que a sensação é extremamente desagradável e de difícil controle, é como uma chama consumindo a cera.
Comigo eu sempre acho que a minha pressão está caindo. Eu fico suando frio, minha mão começa a tremer, o coração começa a acelerar, a falta de ar me consome e eu abaixo a cabeça e respiro fundo, depois passa. Até achei que fosse hipoglicemia, mas já aconteceu depois que eu comi, aconteceu enquanto eu comia e minha alimentação é muito balanceada. Fiz tanto do exame e nada acusou. O que restou...
Junto com as outras características da psicosite, medo de morrer, neuroses, fobias...
Minhas fobias é que eu não fico por muito tempo em um lugar com muita gente, não saio sozinha, tenho medo de tomar remédios (O omepramix que eu o diga, foi uma luta para eu tomá-lo). Mas não evito, tenho que enfrentar o problema, antes que ele me consuma. O que não pode acontecer.
A mente é um campo misterioso e cheio de façanhas, se lá não está bem, o corpo responde.
Não tomo remédios, faço tratamento com psicoterapia e tem me ajudado bastante. Tomar chás também serve...
Desejo muita força para as pessoas que sentem isso e teem, nunca fuja de si mesmo, enfrente-se.

Por Polly... Uma pessoa muito ansiosa.

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